Título: A Romaria de S. Brás
Edição: Serviços de Cultura e Turismo da Nazaré, 1982
José Soares, estudioso da cultura local, descreve nesta brochura a romaria a São Brás, “a mais genuína das manifestações populares da Nazaré”.
Refere o autor não só o aspecto paisagístico do monte, como também o relaciona com a lenda da imagem de Nossa Senhora da Nazaré e da vinda do Rei D. Rodrigo e Frei Romano que, segundo a tradição, já teriam encontrado no cimo do monte uma capela abandonada, onde existiria um crucifixo.
Em 1965, José Soares considera que “a capela pouco tem de atractivo …. e não passa de um casebre a desabar sem os cuidados de ninguém”. Em dia de festa (3 de Fevereiro), sobre toalhas e adornado com poucas alfaias religiosas, o altar ostenta as imagens de Nossa Senhora das Candeias (celebrada a 2 de Fevereiro), São Bartolomeu e São Brás, então vindas da Igreja Matriz da Pederneira.
No soalho, situam-se duas placas tumulares, uma das quais pertencente, segundo legenda gravada, ao ermitão Manuel Luís, “de pátria desconhecida e falecido em 1849”.
Em tempo de romaria ao São Brás e início das preparações carnavalescas, aqui fica uma sugestão de leitura, para que também possamos reflectir sobre a continuidade destas práticas populares.
Para saber mais sobre o Monte de São Brás (ou de São Bartolomeu) sugerimos ainda a leitura do site portugalsemfim.